quarta-feira, 3 de setembro de 2008

RESPOSTA DE DEUS (A)

RESPOSTA DE DEUS (A)


        É como mergulhar em um mar de águas geladas. Por toda parte o frio, o abandono. Ninguém à vista, nada de sorrisos calorosos, mãos amigas, solidariedade.

        É assim quando o mundo nos vira as costas, os amigos fogem, e nada parece dar certo.

        Nesses momentos temos vontade de perguntar: 
Onde estão as pessoas gentis, os bons sentimentos? Onde se escondeu o amor, que todos louvamos?

        Nos escaninhos da alma então cresce um sentimento infeliz: O de que não somos dignos de ser amados. E queremos tanto ser amados!

        Queremos alegrias, carícias, gentilezas e sorrisos. Se isso nos falta, resta uma sombra cinzenta, um coração partido.

        E é assim que da garganta parte um pedido de socorro, um grito que corta os céus e chega a Deus. E que diz, entre soluços: 
Meu Pai, será que podes me ouvir? Estás aí? Deixa-me sentir Tua mão por um só instante.

        E se a alma está atenta, o coração aberto, a luz abre caminho entre as sombras. É como o sol surgindo após a chuva, seus raios dissipando nuvens pesadas, seu calor se espalhando pela Terra.

        É a resposta de Deus. Sua voz soa nos nossos ouvidos, sussurrando:
Sim, Meu filho, estou aqui. Confia, espera, supera, aguarda. Estou aqui.

        Somente essa voz divina tem o poder de restaurar nossa alma, de tornar cálida a água gelada que nos cerca.

        Deus é alegria. Estar unido a Ele é alcançar o permanente contentamento, Sua voz ecoando no coração, consolando, explicando. É como música feliz que leva para longe as mágoas, restaura a paz e devolve o sorriso.

        Por isso, nas horas árduas, quando a solidão se instalar e as lágrimas chegarem, apenas silencie a voz na garganta.

        Deixe apenas a alma falar. E em vez de queixas, permita que a voz secreta busque Aquele que criou todas as coisas. Dirija ao Pai Divino uma oração de reconhecimento e amor.  Algo mais ou menos assim: 

        
Na caminhada dos dias, nos caminhos do Mundo, na humildade de minha alma, eis-me aqui, meu Amigo, meu Amado.

        
Faz da minha vida o que for melhor para mim. Mesmo que meus pés sangrem, mesmo que meus lábios só emitam gemidos, confio em Ti.

        
Ouvir Tua voz na natureza é como recordar uma canção de infância. Violões em notas claras traduzindo brisas e risadas de criança. À Tua sombra existe serenidade e paz. A paz que sempre busquei.

        
És minha água, meu sol, o ar mais puro. Por isso meu único pedido é que me deixes apenas Te amar.

*   *   *

        Deus está em toda parte, e, obviamente, em ti e contigo também.

        Procura encontrá-Lo, não somente nas ocorrências ditosas, senão em todos os fatos e lugares.

        Reserva-te a satisfação de ser cada dia melhor do que no anterior, de forma que Ele em ti habite e, sentindo-O, conscientemente, facultes que outros também O encontrem.


Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais 
do cap. 33 do livro Episódios diários, do Espírito
Joanna de Angelis, psicografado por 
Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 03.09.2008.

Texto: Publicado conforme autorização por escrito do M.E.
Foto:By:Roberto Faria:Todos os Direitos Reservados.A presente foto não pode ser copiada  e está totalmente proibido seu uso comercial.
LISON.F.R.C.

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