quinta-feira, 10 de julho de 2008

SENHORA DA JUSTIÇA


SENHORA DA JUSTIÇA

Muito poucos são aqueles que não têm medo dela. Alguns nem desejam lhe pronunciar o nome.
É como se o sol nublasse quando ela se aproxima.
Às vezes, chega de mansinho, dando avisos diversos, aqui e ali. E mais uma vez.
De outras, ela chega repentina, rude, como se fosse um felino saltando sobre a presa.
Num ou noutro caso, nunca é bem-vinda.
Os homens a pintaram desde épocas recuadas como uma megera ameaçadora, de vestes negras, horripilantes.
Tudo nela causa temor.
A sua presença é motivo de amarguras, lágrimas e saudades que não findam.
É, no entanto, servidora de Deus em favor da grande vida.
Costuma ser rejeitada, abominada mesmo, considerada como poderosa e intransigente inimiga, destruidora de sonhos.
Tudo por causa do pouco entendimento quanto à sua grave e divina missão.
Quando ela se apresenta, é como se sobre todas as coisas, neve regelante se abatesse.
A paisagem dos corações se transforma em um inverno intensamente frio e dolorido.
Uma paisagem sem esperanças.
Situada na faixa da justiça, ela não privilegia a ninguém. Não lhe interessam condições econômicas, culturais ou sociais.
Nem se curva a faixas etárias ou a postos de comando, títulos, cargos de importância do mundo.
Poucos conseguem ter paz perante seus sinais e pouquíssimos já podem expressar alegrias ante seus anúncios.
Contudo, ela representa as leis divinas. E as leis de Deus sempre visam ao bem de todas as almas, filhas do seu amor.
Você já deve saber de quem falamos. A senhora da justiça: a morte.
Ninguém lhe foge. Ninguém a ela se furta. Poderosos, comandantes e comandados, ricos, pobres, a todos alcança, no devido tempo.
Se tu conheces a Jesus e admites a perfeição da vontade do nosso Criador, aprende a respeitar esse ser, cuja presença tanto assusta, desde tempos recuados.
Não precisas lhe prestar culto. Também não precisas temê-la.
Basta que vivas nobremente no mundo e que ensines os teus a fazer o mesmo.
De forma mansa, como a luz do dia que dilui as sombras da noite, ou rápida e violenta, como o salto de um felino, a morte a todos envolverá.
E todos seremos transladados dos campos do passageiro aprendizado terrestre para o grande lar da vida imperecível, no seio das estrelas.
Podemos acreditar que, após a morte, haveremos de dormir um longo sono.
Ou se crer que iremos, conforme nossos méritos, para lugares determinados e fixos.
Ou guardar a certeza de uma vida plena, no mundo espiritual ativo e atuante.
O que é certo é que a morte nos arrebatará a vida física, mas, na qualidade de espíritos imortais, prosseguiremos nossa jornada de luz.

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Cada pessoa morre conforme vive, ligada às paisagens festivas da esperança ou algemada às paixões fatigantes dos seus desvarios.
Cada um morre no corpo, transferindo para a realidade espiritual o patrimônio que lhe é próprio, sem protecionismos, nem punição injusta.
Vive, assim, de tal forma que, em advindo a morte, estejas livre e prossigas feliz.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na mensagem Senhora da justiça, do Espírito Rosângela, psicografada por J. Raul Teixeira, em 17.07.2006, em Niterói-RJ e frases do livro Repositório de sabedoria, volume 2, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal, verbete morte.
Texto publicado conforme autorização do M.E.
Foto:By:Cool Photos.Todos os direitos reservados.
LISON.F.R.C.

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